a brevidade da vida

2.12.14

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Não é curto o espaço de tempo que temos, mas desperdiçamos muito dele. A vida é longa o suficiente, e foi-nos dada em quantidade generosa para permitir a realização das maiores coisas se a empregarmos bem. Mas quando é desperdiçada em luxo e imprudência, quando não a dedicamos a nada de bom, finalmente constrangidos pela fatalidade, sentimos que passou por nós sem que nos tivéssemos apercebido. Por isso - a vida que recebemos não é breve, nós é que assim a tornamos, nem somos dela carentes, nós é que a desperdiçamos. Tal como grande e principesca riqueza, quando cai nas mãos de um mau proprietário, dissipa-se num instante, enquanto que a riqueza, ainda que limitada, se for confiada a um bom guardião, aumenta com o uso, também a nossa vida é amplamente longa para quem sabe dela dispor.


Sobre a brevidade da vida, Seneca

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