O anjo de pedra

4.4.13

categorias:

comentar


Tinha os olhos abertos mas não via.
O corpo todo era a saudade
de alguém que o modelara e não sabia
que o tocara de maio e claridade.

Parava o seu gesto onde pára tudo:
no limiar das coisas por saber
- e ficara surdo e cego e mudo
para que tudo fosse grave no seu ser.


As mãos e os frutos, Eugénio de Andrade


* mais uma vez, obrigada Ó

0 comments :

Enviar um comentário